sexta-feira, 8 de agosto de 2008
CANALIZAÇÕES - Os Arcturianos
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Teosofia
Teosofia
A Teosofia é um corpo doutrinário que sintetiza Filosofia, Religião e Ciência, que está presente em maior ou menor grau em diversos sistemas de crenças ao longo da história, e foi exposto modernamente primeiro por Helena Blavatsky no final do século XIX, e por outros desde então.
Origens do nome
Etimologicamente a palavra deriva do grego theosophia, de theos, Deus, e sophos, sabedoria, e geralmente é traduzida como Sabedoria Divina ou Sabedoria dos Deuses. Sua origem se perde na noite dos tempos, tendo aparecido possivelmente primeiro na Índia e sendo a semente das formulações posteriores [1]. No ocidente Diógenes Laércio comenta que a palavra já era utilizada antes da Dinastia Ptolomaica do Egito e nomeia como seu formulador um hierofante chamado Pot Amum. A expressão foi utilizada novamente no terceiro século de nossa era por Amônio Sacas, o pai do Neoplatonismo. Na idade média Jacob Boehme era conhecido como um teosofista, e o termo novamente foi utilizado nas Transações Teosóficas da Sociedade de Philadelphia, publicado em 1697. A palavra ganhou súbita notoriedade a partir da fundação da Sociedade Teosófica por Helena Petrovna Blavatsky e outros, em 1875, e pela polêmica que seus escritos teosóficos suscitaram.
[editar] Conceitos básicos
A Teosofia, segundo Blavatsky, é "o substrato e a base de todas as religiões e filosofias do mundo, ensinada e praticada por uns poucos eleitos, desde que o homem se converteu em ser pensador. Considerada do ponto de vista prático, é puramente ética divina" [2].
Para os teosofistas este corpus de conhecimento, a Sabedoria Divina, com a ética a ele associada, é tão antigo quanto o mundo, e a rigor é o único conhecimento que vale a pena ser adquirido. Sua realidade e importância são relembradas às pessoas periodicamente, sob diversas denominações e formalizações, adequadas ao espírito de cada época, local e povo para quem é apresentado, e é o tronco vivo e eterno de onde brotam as flores do ensinamento original todas as grandes religiões do mundo, do passado e do presente. Segundo um dos inspiradores do movimento teosófico moderno, o Mestre K.H., a quem Blavatsky dizia seguir, "a Teosofia não é uma nova candidata à atenção do mundo, mas é apenas uma declaração nova de princípios que têm sido reconhecidos desde a infância da humanidade" [3].
Por ser tida como uma sabedoria divina, considera-se que a Teosofia strictu sensu seja livre de quaisquer identificações com culturas e sociedades, mas atuando como a fonte original de conhecimento divino que verte em uma determinada cultura através dos símbolos e arquétiposEgito antigo a Teosofia foi transmitida à sua civilização através dos símbolos, divindades, mitos, alegorias e arquétipos locais, possibilitando a assimilação dos conceitos divinos através desta roupagem. E como no Egito, também nas outras terras, a Grécia antiga, a Babilônia, Tibete, Europa e em todas as culturas, independente de terem feito contato entre si, demonstrando que a Teosofia é uma sabedoria que se expressa e pode ser conhecida por diversas fontes. daquele povo. No
Quando Blavatsky lançou o movimento teosófico moderno no século XIX valeu-se de uma grande quantidade de elementos da tradição religiosa Hindu, que havia estudado durante sua permanência no Tibete, assim sua apresentação compreende uma terminologia muitas vezes baseada no idioma sânscrito, divulgando no ocidente conceitos como Maya (ilusão), DharmaMahatmas (grandes almas). Outros conceitos fundamentais, conhecidos há milênios no oriente, mas que a Teosofia popularizou no ocidente, são a Reencarnação e o Karma. Mas isso, como já foi exposto, não define a Teosofia como uma filosofia hindu ou oriental, e diversas referências de outras culturas, como a Taoista, Celta, Asteca, Budista, e de outros sistemas, como a Cabala, o Cristianismo, a Gnose e o Hermetismo, remetem a Teosofia à sua essência divina e universal. (caminho) e
Basicamente a Teosofia prega a fraternidade universal, a origem espiritual das formas e dos seres, e a unidade de toda a vida; aponta uma fonte única e eterna para todo conhecimento, demonstra a identidade essencial entre os grandes mitos das culturas mundiais, traça o perfil da estrutura do cosmo e do homem e descreve seus mecanismos, suas leis, suas potencialidades e suas transformações ao longo dos éons.
Apesar de recomendar o esforço próprio em busca do crescimento pessoal e uma vigilância incessante contra o auto-engano e a fé cega, ainda assim defende a Revelação, uma vez que declara a existência de mundos e estados de consciência presentemente inacessíveis à pessoa comum. Mas diz que todos seremos capazes de atingí-los um dia, se não nesta vida, numa vindoura. Defende com isso, também a evolução da vida e do Homem, e a existência de Homens Perfeitos, os Mahatmas ou Mestres de Sabedoria. Estes Mestres, uma vez homens imperfeitos como nós, evoluíram para um estágio super-humano, de onde ora velam pela raça humana dando-lhe ensinamento, diretamente ou através de seus mensageiros os Profetas e Santos de todas as religiões, e auxílios inúmeráveis como agentes da Providência e da Justiça Divinas, e mesmo aparecendo visivelmente entre seus irmãos menos evoluídos, quando os tempos o exigem, para dar-lhes conforto, direção e inspiração, e reacender nos seus corações um amor mais intenso pelo divino.
A Teosofia diz que a fonte de todo mal é a ignorância. O conhecimento, segundo prega, é ilimitado, mas se bem que sua totalidade esteja além do alcance de qualquer ser individual, é em vasta medida acessível a todos através de um longo processo de evolução, aprendizado e aperfeiçoamento, que necessariamente exige múltiplas encarnações, e continua até mesmo para regiões e idades onde a encarnação deixa de ser compulsória e a vida progride de beatitude em beatitude. A Teosofia é uma doutrina essencialmente otimista, pois refuta qualquer condenação eterna e não nega o mundo, ainda que declare que este que vemos e tocamos não é o único nem o maior, mais feliz ou mais desejável, e prevê para todos os seres sem exceção um progresso constante e um destino glorioso e absolutamente feliz. Como todas as grandes doutrinas espirituais, a Teosofia exalta o bem, a paz, o amor, o altruísmo, e promove a cessação da pobreza, da ignorância, da opressão, das discórdias e desigualdades.
Apesar de reconhecer a importância das religiões em seu estado mais puro como disseminadoras de ensinamentos importantes, não é uma filosofia teísta, se bem que possa ser descrita como panteísta, já que como um dos Mahatmas declara [4] com rigor cartesiano, a existência de Deus como uma entidade distinta do universo dificilmente pode ser provada, mas reconhece níveis diferentes de evolução entre os seres, numa escada graduada que se ergue a alturas insondáveis.
Literatura
Entre as exposições modernas da Teosofia mais importantes e originais estão sem dúvida os escritos da própria Helena Blavatsky, que incluem Ísis sem véu (1877), A Doutrina Secreta1888) e uma infinidade de panfletos, cartas e artigos sobre o tema, traduzindo, divulgando e esclarecendo uma massa de conceitos filosóficos e religiosos e princípios morais orientais, até então mal conhecidos e ainda menos compreendidos pelos povos do ocidente. Além de pintar um vasto painel da religião universal, utilizando especialmente o pensamento do oriente, analisa os dados comparando-os com as tradições do ocidente, lançando luz nova sobre pontos obscuros, desfazendo conceitos errôneos de nossas próprias linhas de pensamento e em outros casos corroborando com definições Hinduístas ou Budistas muitos dos elementos basilares das doutrinas Cristã, Judaica, Maometana, Gnóstica e outras de importância para a metade ocidental do globo. (
Blavatsky foi uma escritora prolífica e incandescente, e sua memória para fontes raras e mesmo desconhecidas no ocidente era notoriamente prodigiosa. Contudo, de acordo com a autora, muitas vezes foram usados meios esotéricos para a composição dos textos, não podendo ela reivindicar a verdadeira autoria de grande parte do que havia escrito [5]. De qualquer forma, quando A Doutrina Secreta apareceu, como uma continuação, ampliação e aprofundamento de material já abordado em Ísis sem Véu, foi imediatamente reconhecida como uma obra-prima por inúmeros luminares da Europa, e é a pedra angular da Teosofia moderna. O texto é um debate filosófico monumental, onde a autora cita uma profusão inacreditável de fontes e esgrime com estonteante erudição argumentos históricos, antropológicos, arqueológicos, mitológicos, filosóficos, biológicos, químicos, hermenêuticos, filológicos e muitos outros, contra as superstições insensatas travestidas de dogmas das religiões, demonstrando a raiz comum a todos os credos, e tecendo duros ataques a todo formalismo religioso vazio e a toda fé cega, mas reconhecendo o valor de todas as Igrejas como instituições divinas e caminhos válidos para o aperfeiçoamento pessoal e coletivo, sendo possuidoras de parcelas importantes da Verdade Única. Seguiram-se outros escritos, e dentre eles merece destaque A Voz do Silêncio (1889), uma pungente e exaltada descrição do íngreme mas glorioso Caminho que leva à santidade, ao mesmo tempo que é um manual prático para aspirantes.
Outros seguidores imediatos seus também deram contribuições volumosas, valiosíssimas e originais ao tesouro da Teosofia moderna, entre eles Annie Besant, Alfred Sinnett, Henry Olcott, Charles Leadbeater e George Mead, e desde lá a literatura teosófica não cessou de crescer, com a produção mais recente de Radha Burnier, Geoffrey Farthing, Geoffrey Hodson e uma legião de pensadores modernos.
A Teosofia na prática
A Teosofia, com seu vasto acervo de informações de variada natureza, sua didática cristalina, seu idealismo e formosos panoramas, oferece alimento espiritual e instrução prática para toda classe de pessoas, do rude ao educado, do cientista ao devoto. A aquisição metódica e progressiva do conhecimento teosófico, seja indiviualmente ou através de associações e grupos de estudo ou Lojas Teosóficas, com sua necessária aplicação prática, impele em todos os casos a uma mudança para melhor no estilo de vida. Sua descrição científica, objetiva, mas não menos entusiasta e bela do mundo, e a explicação clara de seus mecanismos gerais invisíveis, esclarece o propósito da existência, dissipa muitos terrores religiosos arcaicos, ensina a evitar muitas aflições e sofrimentos supostamente inescapáveis, dá vida nova a formas religiosas tradicionais cujo poder motivador se perdera para o fiel, e ensina o caminho para uma vida material e espiritualmente frutífera em harmonia com tudo o que vive, em obediência às leis eternas que regem e sustentam os mundos manifestos. Também sistematiza técnicas graduadas de auto-aprimoramento físico, moral e espiritual, e desvenda novos horizontes e novas possibilidades para a humanidade a cada novo conceito apreendido e posto em prática, em direção à materialização da Paz na terra a todos os seres [6].
Influência
A Teosofia teve um papel fundamental e revolucionário na evolução do pensamento moderno do ocidente. No contexto intelectual e espiritual da época em que apareceu, embora jamais tenha reivindicado para si o status de nova religião, a Teosofia como exposta por Blavatsky representou na prática a proclamação de um novo Evangelho universal, combatendo a forte tendência materialista da ciência em rápido desenvolvimento, e que estava a esvaziar, com os novos conhecimentos que trazia à luz sobre o mundo manifesto, as instituições religiosas que continuavam a pregar suas histórias piedosas mas irracionais, as quais começavam a se tornar um estorvo para o futuro desenvolvimento da raça humana, com perigo de uma perda generalizada da fé. Sua linguagem moderna traduziu e atualizou para o homem de hoje uma série de conceitos importantes da espiritualidade antiga que já estavam obscurecidos e fossilizados pela poeira secular das sucessivas más interpretações, e por isso tornados inaceitáveis à nova mentalidade que surgia e que iniciava a questionar as bases da fé em seus múltiplos aspectos, a partir da desafiadora massa de evidências e conclusões, dificilmente constestável, produzida pelos cientistas. O conhecimento que expôs e a forma em que o fez operou uma poda radical nas intrincadas e tortuosas excrescências conceituais que faziam definhar a árvore das religiões do ocidente, tornando mais uma vez claro, nítido e atraente o seu tronco vivo, o que para muitos foi motivo de um reacender da devoção perdida, mas ora em novas bases.
Com sua abordagem lógica, positiva, ética e científica da natureza, do divino, do homem, da vida, do misticismo e dos fenômenos ocultos, exerceu grande influência em estadistas como Gandhi, cientistas como Einstein e artistas como Mondrian, Scriabin, Yeats e Fernando Pessoa. Além disso, deu subsídios a Igrejas progressistas como a Igreja Católica Liberal, originou um sem-número de escolas, dissidências e derivações mais ou menos inspiradas, e deu um impulso ao renascimento de cultos arcaicos ou à fundação de outros de tom futurista que são encontráveis na cultura ocidental de hoje, como os movimentos Wicca e New Age.
Polêmicas
A Teosofia recebeu muitas críticas em sua origem, numa polêmica que se estende aos dias de hoje, questionando tanto a doutrina como o caráter controverso de sua principal divulgadora, Helena Blavatsky, e de seu colaborador Charles Leadbeater [7].
O casal Coulomb foi um dos primeiros detratores de Blavatsky, acusando-a de ser uma embusteira. Outro de seus críticos foi Richard Hodgson, autor de um relatório sobre o caso Coulomb, onde ratificava as acusações contra ela. Também foi suspeita de ser uma agente do governo russo. Contudo, tais ataques foram mais tarde reavaliados por outros autores como Adlai Waterman e Vernon Harrison, e suas conclusões revelaram que os argumentos e provas levantados contra Blavatsky eram tão duvidosos quanto suas alegadas fraudes, estando longe de uma postura imparcial e científica [8] [9]. Seus escritos também foram acusados de racistas, denegrindo etnias como os árabes e aborígenes. Porém estas opiniões aparentemente são descontextualizadas e devem ser entendidas com um grão de sal, no panorama mais amplo da teleologia Teosófica, onde é pregada a evolução das formas de vida, necessariamente incluindo estágios primitivos e outros mais avançados. Ela jamais defendeu, por exemplo, coisas como limpezas étnicas, mas não se pode dissimular o fato de que tais argumentos podem ter sido usados por outros para apoiar movimentos de fato racistas e genocidas como o Nazismo. Peter Washington escreveu recentemente um livro de crítica de grande repercussão intitulado Madame Blavatsky's Baboon: Theosophy and the Emergence of the Western Guru, mas foram detectados diversos erros e omissões significativos no texto e o uso de fontes de segunda e terceira mão, contribuindo para perpetuar inverdades já esclarecidas, mas também para renovar o interesse pela matéria [10]
Leadbeater foi o foco de um escândalo sexual envolvendo jovens seus protegidos que obrigou à sua renúncia de suas funções na Sociedade Teosófica, mas aparentemente o caso foi, sob uma óptica moderna, muito prosaico, consistindo de uma educação sexual objetiva que incluía a prática da masturbação [11]. Mas quando o caso veio à tona, seus hábitos junto aos jovens, que incluíam o banho nu em conjunto, e às vezes o uso de uma mesma cama para dormir, que eram coisas comuns e aceitáveis mesmo na rigorosa e pudica sociedade vitoriana, foram interpretados como evidências de perversão [12]. Posteriormente ele foi reabilitado na Sociedade Teosófica, já que a única prova apresentada foi um bilhete anônimo datilografado com uma frase obscena (para a época), e os jovens acusadores não foram considerados de todo confiáveis e possivelmente agiam movidos por vingança pessoal cuja origem não ficou clara [13]. Algumas de suas pesquisas clarividentes resultaram em conclusões obviamente errôneas, como por exemplo quando afirmou a existência de uma civilização em Marte. Mas o próprio autor oferecia seus livros neste campo como simples relatórios de pesquisas individuais que, apesar de seu cuidado, podiam estar sujeitas a enganos, e que não constituíam doutrina, mas sim sugestões e estímulo em áreas complementares para pesquisas futuras por outros, que esperava serem mais completas, precisas e confiáveis, e que poderiam ou não corroborar as suas conclusões.
Outro grave momento disruptivo ocorreu com o fracasso da instituição da Ordem da Estrela, quando Krishnamurti desautorizou o movimento lançado por seu antigo preceptor Leadbeater e secundado por Annie Besant para torná-lo o novo veículo do Instrutor do Mundo, e rompeu com a ST, declarando-se independente. Estes eventos, mais outras dissidências internas, contribuíram para o descrédito da Teosofia e da Sociedade Teosófica, especialmente após a retirada de membros importantes como William Judge e George Mead.
A doutrina em si é encarada de várias formas depreciativas, considerando em suma que não oferece provas suficientes para suas alegações, conceitos básicos são interpretados de modo conflitante pelos vários autores, tem uma psicologia duvidosa e se resume em um amontoado de superstições disseminadas por falsos místicos [14].
O que se deve lembrar é que nunca os teosofistas se declararam infalíveis, perfeitos ou imunes a ilusões e más-interpretações derivadas dos limites do entendimento humano. O próprio Mahatma K.H. disse a respeito de Blavatsky que " imperfeita como pode ser nossa agente visível - e frequentemente ela é muito imperfeita e insatisfatória - ela é ainda assim o melhor de que dispomos no momento", mas ao mesmo tempo reiterava suas magníficas capacidades, sem paralelo para o trabalho que havia de ser feito [15]. Além disso todas as grandes filosofias e religiões do mundo foram criticadas com base no mesmo tipo de argumentos, cabendo pois ao pesquisador tecer suas próprias conclusões e reger seu comportamento baseado em sua experiência pessoal, na análise imparcial das informações apresentadas e sobretudo no bom senso, um preceito reiteradamente expresso por todos os principais expoentes do movimento teosófico, cujo mote é Não há Religião superior à Verdade [16].
A Teosofia no Brasil
A Teosofia foi principalmente difundida no Brasil através do Professor Henrique José de Souza, fundador em 1924 da Sociedade Espiritualista Dhâranâ, posteriormente denominada Sociedade Teosófica Brasileira em homenagem a Helena Blavatsky, e atualmente chamada de Sociedade Brasileira de Eubiose. Atualmente a Sociedade Teosófica internacional também opera no Brasil, sob o nome de Sociedade Teosófica no Brasil.
No Brasil a Teosofia ganhou novas frentes de estudo ao explorar o conhecimento e a história antiga dos povos nativos brasileiros. O Professor Henrique, recolhendo símbolos e arquétipos antigos formou, no início do século XX, as bases para a Teosofia Brasileira, que é a apresentação dos mesmos arquétipos através da cultura nativa e de civilizações pré-colombianas.
Referências
- ↑ Theosophy. Catholic Encyclopedia.[1]
- ↑ Blavatsky, Helena. Glossário Teosófico. Editora Ground, sem data, sem local.
- ↑ K.H. The Mahatma Letters to A. P. Sinnett - Letter 8, de 20 de fevereiro de 1881. Theosophical University Press Edition [2]
- ↑ Mestre K.H. O que é Deus - A visão de um Mestre de Sabedoria (em inglês) [3]
- ↑ Citada por Heindel, Max. In Blavatsky and The Secret Doctrine [4]
- ↑ Crosbie, Robert. Theosophy Pure and Simple [5]
- ↑ Tufani, Maurício. A caixa-preta da Teosofia [6]
- ↑ Thackara, Will. On Theosophy and Madame Blavatsky. The Theosophical Society, Pasadena. [7]
- ↑ Harrison, Vernon. H. P. Blavatsky y la Sociedad para las Investigaciones Psíquicas - Un estudio del Reporte Hodgson de 1885. Theosophical University Press, Online Edition. [8]
- ↑ Thackara, Will. Notes on Madame Blavatsky's Baboon. [9]
- ↑ Citado por Lutyens, Mary. Krishnamurti: The Years of Awakening, Avon Books, in Charles Webster Leadbeater. Wikipedia, The Free Encyclopedia [10]
- ↑ Charles Webster Leadbeater. Rudolf Steiner Web. [11]
- ↑ Luytens, M. Op. cit.
- ↑ Theosophy. Catholic Enciclopedia [12]
- ↑ H.P. Blavatsky's Occult Status and the Claims of Latter-Day Messengers of the Masters[13] Blavatsky Study Center. Online Edition, 2004.
- ↑ Blavatsky, Helena. On Pseudo-Theosophy. Lucifer, 1889. [14]
Glossário de alguns termos jurídicos e da administração pública
alcaide[2] s.m. autoridade que governa uma praça, um castelo, uma fortaleza ou uma província. Contexto: (... )tes temunha primeira xxx | Cazado Alcaide desta villa (...) (L.39; A.10; l.56; p 64).
capitão mor[3] s.m. autoridade que governa uma capitania como governador dela, tendo alçada civil e criminal. Contexto: (...) cap- | tivo do Capitaõ Mor Joze Alves Feito | za com Auctoriadde de seus Senho- | res (...) (L.33; A.13; l.15; p. 130).
corregedor da comarca[4] s.m. autoridade magistrada que tem a função de fiscalizar todos os juizados de sua jurisdição ordenando todas as medidas necessárias para o bom andamento da justiça. Contexto: (...) Illustrissimo Senhor Dezembargador, Ouvidor Geral e Corregedor da Comarca = Diz xxx doCapitão xxx que faz abem deSua Justiça (...). (L.33; A.1; l.79-80; p.86)
escrivão da câmara s.m. escrivão responsável pela atribuição de escrever os atos ou livros, servindo de secretário da Câmara Municipal. Contexto: (...) edou minha fé passar naverda | de Eu Antonio Lopes Benevides Es | crivaõ da Camara que por empedimen-| to (...) L.1097; A.6; l.109-110; p.219)
escrivão da vintena s.m. escrivão da ventena v.g. escrivão que servia ao juiz de vintena. Contexto: (...) vir a Vila para fazer oexame e vestoria [corroído 3 linhas] hum Oficial deJustiça que he o Escrivão da Ventena da Serra Uruburetama (...) (L.33; A.3; l.63-64; p.302)
escrivaõ do alcaide s.m. escrivão que servia ao Alcaide. Contexto: (...) Jo | aõ Ferreira daSilva Escrivaõ do Alcaide desta Villa da | Fortaleza do Cabra Francisco Thomas, prezo na cadeia des | ta mesma (...) (L.39; A.10; l.17; p.63)
escrivão do crime do ordinário s.m. escrivão do ordinário v.g escrivão que serve ao juiz ordinário de uma determinada vila. Contexto 1: (...) oEscriuaõ | docrime doOrdinario daVila nouad’ ElRei lhede por certidaõ oTheor... (L.33, A.4, l.77; p. 98). Contexto 2: (...) que faz abem deSua justiça que o Escrivão do Ordinário desta Villa (...) (L.33; A.1; l.81-82; p.86).
escrivão do juiz de paz s.m. escrivaõ do juizo de paz v.g. escrivaõ do juizo de páz v.g. escrivão que servia ao juiz de paz ou fora. Contexto: (...) Eu Antonio | Lopes Bernardes Escrivaõ do | Juizo de Páz o escrevi = Castro, e | Menezes, Joaquim da Silva | Santiago (...) (L.1097. A.12, l.80; 244).
Escrivão[5] s.m. escrivaõ v.g. escrivam v.g. oficial público que junto a uma autoridade judicial ou tribunal, tem a função de registrar todos os atos de um processo ou determinados pela autoridade a quem serve. Contexto 1: (...) em que com ellê dito querellante aSignou e eu (...) Escrivaõ que o Escrevi. (...)( L.39; A.1;l.56;p.47). Contexto 2: (...) que eu xxx tabeliam publico e Escrivam do Crime, emais anexos nesta ||4r 4Abreu Nestadita villa de Fortaleza (...).(L.64; A.1; l.61-66; p.153)
juiz de fora pela lei s.m. ver juiz de fora. juis de fora da lei v.g. Contexto: (...) que mandou fazer o Juis de | Fora pela Lei oCapitaõ Joaquim An- || 37r <37> Joaquim Antunes de Oliveira(...) (lL.1097, A.6, l.90; p. 219).
juiz de fora[6] s.m. juis de fora v.g. juiz nomeado pelo rei ou outra autoridade executiva, vindo de fora da localidade a que serviria como administrador da justiça e/ou presidente da câmara da vila. Contexto: (...) em Cazas demo- | radado Doutor Juis de fora Jo- | zeda Crus Ferreira (...) (L.64, A.7, l.19; p.164).
juiz de vintena[7] s.m. juis da ventena v.g. Juiz responsável pela administração das pequenas localidades mais afastadas com população entre vinte e cinqüenta habitantes e que não constituiam um município. Contexto: (...) eComarca | do Siará grande aonde foi vindo o Juis daventena da | Serra da Uruburitama do dito termo xxx Co | migo EsCrivaõ para effeito (...) (L.39; A.18; l.59; p. 81).
juiz do ordinário s.m. ver juiz ordinário. juizo do ordinário v.g. Contexto: (...) Auto da Vestoria | que se procedera por mandado deste | Juizo do Ordinario no Corpo da dita | sua filha(...) (L.33, A.12, l.65, p.127).
juiz ordinário[8] s.m. juis ordenario v.g. juiz ordenario v.g. juiz eleito anualmente pelo povo e câmeras das vilas que exercia a presidência dessas. Esse tinha domicílio e estabelecimento na localidade onde atuava. Contexto 1: (...) Juis ordenario o alferes (...) aonde eu escrivão do seo cargo, ao diante nominado fui vindo (...) (L.39; A.1; l.08; p.46). Contexto 2: (...) onde Seaxaua aposentado o Juiz Ordenario oCapitaõ xxx (...) (L.33;A.1;l.100; p.86).
juiz vinteneiro s.m. juis venteneiro v.g. juiz da vintena v.g. Contexto 1: (...) foi dito aprezenssa | dastestemunhas que otinhaõ feito epor aSim Sepassou | emverdade eparaConstar mandou odito juis venteneiro || 29r <29> fazer este aucto etermo onde SeaSignou eEû Ignacio dePaiva | Silva oescrevi = (L.39, A.18, l.69, p. 81). Contexto 2: O Juis daventena Gonsallo Jozé Pessoa (.L.39, A. 18, l. 76, p. 82).
meirinho geral[9] s. m. autoridade do antigo Direito Judiciário que exercia o poder de oficial de justiça, tendo competência para prender em flagrante sem ordem ou autoridade do juiz, podia também citar, promover penhora, executar ou cumprir quaisquer mandados de judiciais. Contexto: (...) a | prezente nesta Vila do Sobral | aos dezeceis de Maio demil oito | centos eonze = oMeirinho Geral | estava assignado (...) (L.33, A.13,l.87; p. 132).
ouvidor geral[10] s.m. Autoridade instituída juntamente com o Governo Geral em 1548, para auxiliá-lo na administração do Brasil. Contexto: (...) Illustissimo Senhor Dezembargador, <Ouvidor Geral> eCorregedor da Comarca = Diz xxx doCapitão xxx que faz abem deSua Justiça (...). (L.33; A.1; l.79; p.86).
sargento mor[11]. s.m. autoridade superior das Ordenanças escolhido pelo governador da capitania. Contexto: (...) euEs | crivaõ deSeo cargo adiante nomiado | eSendo taõ bem prezente oSargento | mor (...) (L.33, A.2, l.10; p.89).
tabelião do público judicial e notas[12] s.m. tabelião encarregado de escrever em todos os processos, lavrar autos, tirar inquirições, fazer inventários de ausentes, ou de pessoas que falecessem sem herdeiros, ou de pessoas incapazes, onde não houvesse escrivão de órfãos, escrever autos de execução, tomar posse de bens, penhores, arrematações. Contexto: (...) Lourenço | da Silua eMelo Tabeliaõ publico do | Judicial, eNotas; Escrivaõ doCrime | Ciuel da Comarca, Orfaons, eAl | motacaria daVila noua d’ ElRei Capitania do Siará grande... (l.33; A.4; l.81-86-88; p. 99).
fonte: http://www.filologia.org.br/xcnlf/15/10.htm
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Azoth
por Francisco Marengo
Faz o que tu queres há de ser tudo da Lei
Antes dos discípulos de Hermes buscarem o Elixir da Longa Vida era sugerido que eles buscassem antes Elegábala ou a Pedra Filosofal, o sal dos filósofos, indispensável para a obtenção do Azoth - o agente mágicko responsável por todas as formas de transmutação. Essa Pedra filosofal, originariamente de cor negra e disforme, deveria ser lapidada de forma a que se atingisse o seu diamante interno. Elegábala é algo real e sincretiza-se no próprio deus-homem que se encontra em fase bruta, o qual impede a emanação de seu Sol interior na aurora da manifestação do homo-veritas.
A Díada Nuit e Hadit é o uno dividido pelo amor de Ágape e unido pela Vontade no Amor. A Vida é uma Mudança contínua, harmoniosa e natural. A compreensão de si mesmo é estar relacionado ao "ser" como oposto a "vir-a-ser". A idéia fundamental de erro é a concepção estática como oposta à concepção dinâmica do Universo.
Pessoas confundem qelhma com feitiçaria, com intervir na vontade das pessoas, com o domínio da mente alheia. Este poder de fato existe e é freqüentemente usado pelos Irmãos Negros, principalmente se o "influenciável" pertence a uma das correntes doentias do Aeon passado. Magnetizados pelos Irmãos Negros, seus chakras nesses casos estão afinados a suas influências uma vez que seu astral já esteja em sintonia com eles. O Iniciado jamais interfere com a vontade alheia, mas comunga com a vontade alheia de uma maneira um tanto incompreensível e inexplicável a mentalidade profana. Mesmo os mais baixos tipos de Samadhi dão apenas uma pálida idéia desta comunhão. É a verdadeira e genuína Comunhão dos Santos, e o Graal, a Taça na mão de Nossa Senhora BABALON, é o seu sagrado símbolo. Existem inúmeras formas e completamente irresponsáveis. O propósito deles em influenciar o próximo nem sempre é "maligno"; pelo contrário; muitas vezes eles estão imbuídos de "piedade" e do desejo de fazer o "bem". Mas estes sentimentos, sendo o resultado de falta de compreensão (Binah), quando postos em atividade de maneira incorreta só podem ocasionar resultados desastrosos e de séria interferência kármica na órbita alheia. Se os cegos guiarem cegos, logo todos cairão no abismo de suas incertezas. A grande necessidade que o ser humano tem de partir rumo a sua busca pessoal, é algo tão forte como uma paixão que nos tira o fôlego e que nos faz ansiar na busca de uma essência perdida na noite dos tempos.
O verdadeiro Templo é o nosso corpo físico, habitat do nosso espírito imortal e que por isso, enquanto estivermos nessas paragens devemos cuidar bem dele para que nosso Dharma não se reverta num Karma negativo no futuro. Não há nada mais belo do que a vida com todas as suas facetas, mesmo que se entenda que a natureza humana tem duas faces, a dos deuses e dos demônios, não há maior aprendizado do que os próprios obstáculos e dificuldades da vida que enfrentamos todos os dias.
Devemos saudar a oportunidade de estarmos vivos com verdadeira intensidade e alegria de viver. Devemos saudar todos os dias o ar que respiramos, o calor do sol que nos aquece, o brilho da lua que nos faz sonhar, devemos ser únicos pois nós homens e mulheres somos estrelas independentes e ao mesmo tempo mantendo nossas próprias órbitas sem chocar com a dos outros, devemos aprender a verdadeira arte de se relacionar bem com as pessoas e de ser feliz com o muito ou com o pouco que temos, porquanto que esses valores sejam transitórios.
Jamais devemos nos julgar injustiçados pela providência divina, pois todo caminho que estivermos percorrendo nós mesmos os traçamosi, seja ele o paraíso ou o inferno. Não podemos agarrar o mundo e tentar consertá-lo, mas sim fazer a alma do mundo saber em todos os confins da terra que você se ama, que ama o mundo e que ama toda humanidade num tipo de amor muito especial, elevado ao amor de ágape, o amor sem fronteiras, o amor sob vontade. E que esta nova postura que terá em relação a vida tornará a tua vida num aspecto harmonioso. Realizar causas nobres, lutar por motivos justificáveis, não interferir na órbita alheia, jamais devemos dar o peixe se não resolvermos ensinar o outro a pescar.
A maioria das pessoas que são incapazes de perceber o significado espiritual da mudança. Outras vezes fantasiam sobre uma ente maléfico que deseja a destruição da terra e de tudo aquilo que conhecemos. O preço da Iniciação é a morte, mas essa morte representa o sentido figurado para a assunção espiritual. Teste o seu caminho na prática, avalie sua vida em detrimento desse caminho, faça uma auto-análise, veja se as fórmulas que utiliza já não são obsoletas ao invés de tentar destruir toda manifestação da fórmula nova que ainda não conhece, que ainda não testou, o que seria infantilidade plena.
Conhecer a sua natureza interior e aceitá-la, é compreender a essência de Hadit. Conhecer essa faculdade o fará experimentar a Iniciação da não-morte, em detrimento daqueles que são obrigados a experimentar unicamente a sua assunção ou identidade estelar unicamente através de cada morte física. As faculdades cerebrais ainda não passaram pelo processo iniciático, oumelhor dizendo em síntese, esta transição do estado de ser para o estado de não-ser ocorre com o iniciado durante a vida na carne, já com o profano ocorre apenas na morte física.
Qual a diferenciação nesses dois estados. Ora, o estado de não ser liberta a mente para uma sensibilidade acima do nomal, é o mesmo que libertar a mente de um torpor; quando os centros energéticos superiores ainda não foram despertados. O iniciado sente em determinado momento um sentimento de solidão indescritível. Já foi dito que a evolução da humanidade a um nível ou estágio mais elevado de consciência só se dará quando aquele que antecede arrastar o que o preceder. Este é o motivo pelo qual Iniciados se resolvem a ajudar a Humanidade. O completo êxtase só se pode dar pela comunhão plena, ou seja, a Humanidade inteira precisa ser elevada a um nível superior. E o pior disso é que aqueles que se recusam por sua própria vontade em aceitar a amplidão do Conhecimento e da Ciência Sagrada, são e serão um peso morto em nossas costas, até que resolvam libertar-se ou despertar de seus sonhos ou pesadelos ilusórios por sua própria conta, enquanto ainda não aceitarem a si mesmo como um ser de natureza divina. Assim os sofrimentos humanos são comuns e normalmente incompreendidos, diferentemente daquele que desperta pois entende o sofrimento como parte do seu plano e de sua Vontade, para que atingisse sua própria glória, coroando este trabalho na personalidade de um Magus que se reflete na mente de seus semelhantes de formas múltiplas e diversas.
Aqueles que mais nos criticam são os mais invejosos pois sendo incapazes de fazerem fluir sua própria luz, vivem sempre a buscar guarida na casa do vizinho que sempre parece mais bela que a deles... Estes fazem parte do grande rol dos incapazes de se regozijar e de atingir suas metas. Assim também são incapazes de compreender ou conceber a Mensagem Espiritual da Lei de qelhma.
Existe uma fórmula sagrada do verdadeiro ocultista, do verdadeiro magista thelêmico, ei-la: Nós nada temos contra aqueles que não nos compreendem. Nós não estamos dispostos e nem devemos falar com eles, nem para argumentar, nem para tentar consolá-los, e muito menos para tentar auxiliá-los. Pois aqueles que não tiveram ainda a oportunidade de sentir, nem sequer sofrerão.
Então raciocinemos; será que devemos "ajudar os fracos". Ora, se acreditamos que existam fracos estamos criando uma diferença egóica de status ou estado de ser, e devemos entretanto saber que não há diferença entre nós, pois cada um é um micro universo. Aos discordantes eu digo, dêem de comer a vossos filhos e não lhes exijam o mínimo esforço, nem tampouco ensine-os a buscarem o sue próprio pão ou suas próprias conquistas e verão num futuro bem próximo a que tipo de monstros estarão criando. Assim entendam que o sentimento de "piedade" é uma projeção psicológica ilusória do próprio Ego. É um estado de escravidão cujos Irmãos Negros têm verdadeira adoração em permanecer, pois clamam em verdade que tenhamos piedade não dos fracos e oprimidos e sim deles próprios.
Isto não quer dizer que devamos pisar "nos fracos e oprimidos". Ai daqueles que pensam assim! Pois estarão atraindo um Karma ainda pior para si. Devemos sim ensiná-los, mesmo que esses ensinamentos em determinado momento tenham uma certa aspereza. Até que eles por conta própria resolvam se erguer ou morrer em sua própria miséria. É importante que se diga que em ambos os casos, a cada reencarnação ou renascimento ele se erguerá. Pois mesmo sem saberem, estarão mais cônscios de sua Verdadeira Vontade.
A fórmula da pobreza material para assunção espiritual foi uma das maiores farsas da história. Pois a somatória das religiões do Aeon passado possuem o maior poder financeiro do mundo atual. Creio que não preciso aqui citar quais seriam elas. Mas convém mencionar que um ensinamento não pode se basear numa hipocrisia. Se você pretende ser mais uma ovelha do rebanho já dizia Crowley ironizando, azar é o seu, pois eu sou o Leão.
Ninguém precisa ou deva morrer pelos pecados de ninguém, só você pode atingir a maestria interior, acreditar nisso é impor um sacrifício coletivo que é disforme e errado, numa concepção que não o levará além da dor e da incompreensão. A única coisa que não podemos mudar é o passado, a única coisa que precisamos compreender e entender é o presente, os atos oriundos dessa compreensão é que construirão um futuro em bases sólidas e reais. Do passado deveríamos apenas enxergar os nossos erros, aprender com eles, para que nunca mais venhamos a repetí-los. Liberte-se dos fantasmas do passado! A nossa Lei é de Liberdade em Ágape!
Assim insufla-se também a ignorância, impondo uma idéia de medo e tortura. Se essa idéia fosse verdadeira não haveriam criminosos e assassinos cruéis de todas as espécies. A eterna tortura de personalidades obrigadas a seguir os padrões de moralidade imposta, só fez através dos séculos, enriquecer os fariseus às custas da pobreza material, moral e espiritual dos seus seguidores. Assim igrejas do presente são uma evidência fundamental e flagrante disto. Todas elas ensinam que existe uma danação eterna, mas poucos compreendem que o inferno está nelas mesmas.
Aqueles que não acreditarem no que eu digo, basta fazer uma pequena reflexão do seu medo instintivo em nossa memória mágica dos padrões religiosos a nós impostos. Mas poucos compreendem que o verdadeiro inferno é criado verdadeiramente pelos homens que não se cansam de infligir dor aos seus semelhantes, mesmo estando num novo século, a ponto de percebermos que a humanidade muito pouco mudou, o que mostra uma natureza doentia presente na psique do homem, que as vésperas de um "sempre" novo conflito mundial pouco se preocupa de fato com o que virá depois, pois pouco entende a carga da energia nefasta criada no pós guerra.
A constituição da consciência de Si mesmo, isto é, Hadit. é ampliada a consciência daqueles que estão a nossa redor, isto é o aspecto normal de uma mente sadia. Uma mente doentia só considera o seu próprio universo mesquinho, pouco importando o universo a sua volta. A relação de dois seres tende a ser harmoniosa se estes dois seres humanos tiverem esta compreensão. Não existe atrito se ambos mantiveram o necessário respeito um pelo outro, sem escravidão mútua, com um relacionamento compensado necessário à liberdade de ambos. Sempre é bom lembrar que o abuso ou a interferência cria uma dívida cármica. Nós portanto somos micro universos, mas somos também parte integrante do universo daqueles que nos relacionamos. Desconfiai daqueles que lhe dizem querer o seu bem mas na verdade, quer sim que você perca a sua identidade. Repito não há ninguém que possa vir em nossa salvação senão nós a nós mesmos. Temos que ter a dignidade de admitir isto a nós mesmos.
Uma mente sadia se reflete num corpo sadio, no processo iniciático a mente do aspirante é submetida a terríveis pressões oriundas dos estados mágickos e ritos, assim uma vez que o corpo não seja forte e sadio, a mente consequentemente poderá sucumbir à sanidade mental.
Deus é o homem numa concepção divina do ser que tende naturalmente a ascender em espiral. Deus jamais será o homem que pensa que é o Centro do Universo. Estes últimos também tidos como adeptos da corrente negra, são facilmente escravizados pelas formas que resolvem adorar ou mesmo escravizar. É muito comum os magistas desse naipe, serem absolutamente escravos das formas que invocam ou evocam. Já conheci um punhado deles no meu caminho. Estes se tornam um mal relativo para o mundo. O Irmão Negro julga ter poder sobre seus semelhantes, e isto pode ser desde que se seus semelhantes ainda não tenham o grau de percepção de si mesmos que nos leva a repelir de nós toda influência escravizante. É curioso este ponto em diversos experimentos que fizemos, e chegamos a seguinte conclusão, todas aquelas pessoas habituadas a exercer o domínio do corpo pela mente, como os praticantes de Yoga ou de Artes Marciais normalmente são menos sugestionáveis a influências hipnóticas, isto normalmente se deve a um tipo especial de emancipação interna. Os fatores contrários de uma mente sugestionável a levam fatalmente a serem pessoas depressivas, medrosas e com profundo apego a coisas transitórias sem importância.
Inúmeras concepções erradas assolam a maioria dos sistemas "ditos" Iniciáticos. Notem que nenhum princípio que não houver equilíbrio ou harmonia em seu contexto não se torna apto para coexistir acima do "Abismo". Vejamos no caso da mulher cujo conceito do Aeon passado regravam que a pureza deveria ser o sinônimo da castidade, então para a concepção da pureza absoluta, Maria deveria conceber o filho ainda virgem. Ora toda concepção é divina, toda ela origina-se de uma fonte original de energia de vida. Em qelhma pude de fato compreender o grande problema oriundo de um psicossoma que defende tal tese. A Virgem Imaculada, a Mulher Vestida com o Sol, eternamente inviolada é a própria Isis Velada; que amplamente desvelada pelo adepto. Por outro lado o homem jamais compreenderá inteiramente a natureza de uma mulher enquanto permanecer virgem para o seu amor, pouco importando o seu real estado físico, pois se o amor entre esses dois seres se acabar, e eventualmente outro vier, a mulher se tornará pura para esse novo amor. Este portanto é um estado psíquico e não físico. A castidade é um estado de ser elevado desde que não a Liberdade, quando isto ocorre passa a se chamar falsa castidade. Neste caso alguém fechado para o amor jamais conseguiu transmutá-lo em ágape, isto pouco importando se somos homens ou mulheres, pois partimos de uma mesma essência una. Alguém que se fecha por dentro se bloqueia, e bloqueando restringe-se a convivência saudável com seus semelhantes e assim também a própria divindade. A falsa castidade está submetida à influência dos Irmãos Negros. Somos polaridades e nos atraímos pelos opostos, numa tentativa de preenchimento daquilo que nos falta. Assim costumamos dizer que a nossa contraparte nos preenche, no entanto quando este estado é completado, normalmente existe uma tendência no casal a separarem-se mas não pela falta do amor, e sim pela ausência do estímulo ao prazer na convivência. Notem que estamos fazendo uma tentativa de falar sobre mentes sadias, pois existem os casos de escravidão oriunda de diversos problemas de ordem psíquica, muitas vezes atenuados por um ciúmes doentio, mal este causador de inúmeras fatalidades que acompanhamos quase diariamente na mídia. Esta é a importância de do ser humano em se conhecer e conhecer a essência de um relacionamento ou de uma inter-relação, que para estes casos qelhma dá as chaves de compreensão desses e dos mais diversos fenômenos que envolvem a nossa psique.
A castidade então muitas vezes pode ser tomada como um ato de covardia, de alguém que teme em se relacionar com o mundo, o resultado é este, mentes alienadas ou subversivas (vide os inúmeros casos dos padres pedófilos nos EUA). A influência de pessoas assim na sociedade é sempre prejudicial. A caridade posta por tais irmãos é equivalente a tentativa de tratar as águas de um rio poluído, sem que se faça um tratamento preventivo no esgoto da cidade, ou eventual desvio ou canalização impedindo que o esgoto contamine o leito do rio. Qualquer esforço diferente disso é infrutífero, se é que foi possível o entendimento dessa analogia. Assim, não se combate a fome simplesmente dando o que comer, isto é um paliativo que não nos leva a origem do problema ou seja os motivos que levaram determinada comunidade a passar fome. O não entendimento desse plano de concepção é uma tentativa fútil de castração mental.
Estamos vivendo numa era de tirania atual tão ruim quanto o passado do homem. Proclamar a liberdade entre os escravos é uma bobagem tremenda, porquanto que essa Liberdade precise ser uma vontade verdadeira do indivíduo. No treinamento de Karatê aprendemos tanto atacar como a nos defendermos de um possível ataque. Mas sábios são aqueles que aprendem a nobre arte de lutar sem lutar. Serão aqui muito poucos que compreenderão essa concepção, mas isto será tema para um próximo ensaio.
Amor é a lei, amor sob vontade.
fonte: http://artedoocultismo.blogspot.com/2008_03_04_archive.html